quarta-feira, abril 24, 2013

O maldito Bordô

Há agora uma mania que me enerva um bocado.
De facto, esta mania já é velha. Mas como ainda não deixou de se verificar e acontece nos tempos presentes posso dizer o "agora" que consta na primeira frase.

Eu podia pôr-me a enrolar e lançar a questão de que mania era e depois dar a resposta na frase seguinte. Mas preferi enrolar antes desta maneira a dizer que não o faço, embora sabendo que é evidente.
Cá vai, a mania é a seguinte:
Prende-se com a temática dos estrangeirismos. É o facto de haver uma cor chamada bordô

Segundo a wikipédia: "O bordô ou castanho-avermelhado (em inglês: Maroon) (literamente da cor do vinho de Bordeaux) é uma variação de tom da cor vermelha, um pouco mais escuro que a cor grená."

O referido vinho de Bordeus (Bordeaux em francês) é vinho tinto.
Há vinho de duas cores. Branco e tinto. Também há rosé mas para além de ser outro estrangeirismo, é ele próprio uma modernice (chamemos-lhe assim).

Então, em vez da palavra bordô, devia-se usar tinto (ou tinta no feminino).

Dantes dizia-se cor de vinho mas agora devem achar que essa designação não é elegante.
É verdade que essa designação tem uma fragilidade que não vou escamotear. É o facto do vinho branco ser de uma cor muito diferente.
Mas não me venham com histórias do vinho de Bordeus. Duvido que não hava em Bordeus vinho branco. Nem que seja caseiro.

 Alguma vez ouviram alguém referir-se a vinho tinto dizendo vinho bordô? (A não ser para se referirem á sua origem caso seja de Bordeus. E mesno nesse caso seria Bordeaux e não bordô)
Eu não!

Bom, saudinha da boa.

PS: Já agora em português diz-se(e escreve-se) graná e não grená.
PS2: O Toni já treinou o Bordeus e o Pauleta já la jogou.
PS3: agora que já me enervei muito vou é ver se me acalmo com um copo de coca-colinha.